domingo, 11 de maio de 2014

Era cilada ou a cilada sou eu?

O namorinho não deu certo. Na verdade, não passou de um encontro. Dos mais românticos, tenho que admitir. Parecia aquela coisa que acontece com a gente quando somos adolescentes. A tensão de esperar a pessoa chegar em um lugar público, dai a conversa começa meio nervosa, meio ansiosa. A gente se segurando pra não falar uma besteira qualquer e perder a linha. Quando se vê, já está conversando como se fossem amigos de infância. Dai tem que esperar as luzes do cinema se apagarem para poder pegar na mão. Beijo ou não beijo? Espero ele me beijar? O filme acaba e todos vivem felizes para sempre? Até que o HIV os separe? Não chegamos a essa parte.

Apesar de meio romance que a descrição acima possa suscitar, não nos ligamos nem nos falamos no dia seguinte. Nem nos outros. Uma mensagem no Whatsapp perguntando se estava tudo bem fez com que um papo se estendesse por uns vinte minutos. As últimas palavras foram algo tipo "até logo e vê se não some". Sumimos.

Não chegamos a transar. Fomos, por uma noite, o par ideal. Homem um do outro. Humanos. O HIV não chegou a entrar na história.

Fim.