sábado, 20 de julho de 2013

"Acorrentado ninguém pode amar"

Temo ter envelhecido bastante desde que me tornei soropositivo. O aspecto físico, o semblante.

Estive analisando-me frente a um espelho: pescoço fino, rosto repleto de marcas de expressão, fundas olheiras cavadas acima das bochechas magras. Eu era assim?

Dizem que o estresse acentua ainda mais o envelhecimento da pele, da saúde, da aparência. Nesse caso, ter me estressado com a coisa toda do HIV desde 2009 só me fez mal.

Futilidade? Vá saber. Mas é de doer imaginar que o desgaste com o vírus me deixou (e ainda deixa, em proporção menor) abatido. Não quero nem especular se os ARV's (coquetel) me maltrata a carne por debaixo da pele. Provável.

Estando vivo e saudável, claro, sem reclamações. São cobranças do espelho, eu disse.

Vai ver é o tempo mesmo.

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