Tirando o fato de que de dez em dez minutos é como se uma luz vermelha, daquelas de sirenes policiais, acendesse na minha mente dizendo "tenho AIDS", eu já faço minhas obrigações todas normalmente.
Vou fazer uma série de exames e é bem capaz que só daqui um tempo eu tenha que "sentir" que tenho HIV: quando remédios forem prescritos.
No mais, a vida tem sido a canoa num mar menos revolto. Há as marolas. Toda uma sorte de tubarões e outras ameaças abaixo. E que não venha nenhuma tempestade.
Planos e planos. Nada mais ou melhor do que antes. A sequência, ou falta dela, de sempre.
A quem por acaso tenha passado aqui e visto o desespero inicial: foi real. Foi intenso. É, de certa forma. Mas todos estavam certos, a gente se habitua, se acalma, se recolhe e se entende.
Muita coisa, tanto, vai mudar. Em atitudes, principalmente. Por ora, ninguém está disponível. Todo cara que vejo e penso "hm, que interessante..." sou logo tomado pelo pensamento de "não posso estragar a vida dele por conta de um prazer meu".
E tá que tem gente que trepa e se arrisca bem mais do que eu e nem tem nada mas... agora sou mais responsabilizado ainda pela minha saúde e pela de quem eu envolver.
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